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AVANÇO BRASILEIRO SOBRE TERRAS DOS KAINGANG PAULISTAS
 
Continua
Noroeste do Brasil (São Paulo-Corumbá) e mais do que nunca os diversos grupos Kaingang mostraram sua resistência à tomada de seu território, recebendo como resposta a ação dos “bugreiros” (exterminadores de Índios pagos pelos construtores da ferrovia). Os enfrentamentos que aconteciam tão perto do centro econômico do paÍs, contemporâneos de embates semelhantes que aconteciam na região norte-nordeste catarinense (com a colonização alemã avançando sobre terras dos Xokleng em Blumenau), reacenderam o debate nacional sobre a “catequese” e “assistência” aos indÍgenas, que culminou com a criação do Serviço de Proteção aos Índios, em 1910, entregue aos positivistas liderados pelo Tenente-Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon, já então um militar de grande prestÍgio.
Em 1912 um grupo do SPI estabelece os primeiros contatos amistosos com os Kaingang de São Paulo. Seriam praticamente os últimos Kaingang a entrar em relações amistosas com os ‘brancos’, e os mais atingidos pelas doenças dos ocidentais (como a gripe), com trágicas consequências para a continuidade cultural: a depopulação vertiginosa tornou inviáveis diversas práticas, e rompeu as formas tradicionais de transmissão cultural. Além disso, o confinamento em áreas de terras reduzidÍssimas, nas quais ainda se introduziram – por ação do próprio governo – membros de outras etnias, provocou uniões interétnicas e outras tantas dificuldades para a transmissão da cultura e, entre os elementos desta, da própria lÍngua.

Do ponto de vista etnográfico e antropológico, são clássicos dois estudos pioneiros: a conferência de Horta Barbosa (mencionada acima), e um importante estudo do pesquisador russo Henry Manizer (Les Kaingangs de Sao Paulo, 1930 – publicado em português pela Editora Curt Nimuendajú em 2006). Em 1976, Delvair Melatti publicou Aspectos da organização social dos Kaingáng paulistas , e em 1983, Silvia Helena S. Borelli defendeu na PUC-SP a dissertação de mestrado intitulada Os Kaingang no Estado de São Paulo: transfiguração e perplexidade cultural de uma etnia.

 
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1912-2012
cem anos da "pacificação"
dos Kaingang?

O que a sociedade
paulista tem a
dizer sobre o
roubo das terras
indígenas?

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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